Marechal Miguel Lino de Moraes

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Miguel Lino de Moraes

Birthdate:
Birthplace: Portugal
Death: December 25, 1835 (55-64)
Porto Alegre, Porto Alegre, State of Rio Grande do Sul, Brazil
Immediate Family:

Son of Manoel de Moraes Soares and Margarida Josefa da Silva
Husband of Felisberta Justina de Araújo Ribeiro
Father of Felisberta de Moraes and Margarida Cândida de Moraes

Managed by: Guilermo Manrique Ferreira
Last Updated:

Acerca de Marechal Miguel Lino de Moraes (Português)

O segundo presidente de Goiás, foi o português Miguel Lino de Moraes (1827-1831), homem inteligente e que provocou fazer uma boa administração.

Impulsionou o ensino, lutou pelo renascimento da mineração, criou uma empresa de exploração de minérios (Companhia dos Seis Amigos) na cidade de Goiás, fundou, também na mesma cidade uma fábrica de tecelagem (1828), incentivou a agricultura e a pecuária. De seu governo datam “as primeiras grandes exportações de rebanhos, sobretudo de gado vacum e cavalar”.

Com a chegada da notícia da abdicação de Dom Pedro I (07/04/1831) e a formação do Governo Regencial, em Goiás, um grupo radical liderado pelo padre Luiz Bartholomeu Marques (então Vice-Presidente da Província) e pelo capitão Filipe Cardoso (Comandante Interino das Armas da Província), movido por forte sentimento antilusitano, promove, em 14/8/1831, a deposição do Presidente da Província, o cidadão português Miguel Lino de Morais, bem como a exoneração de todos os portugueses ocupantes de cargos públicos da região.

FONTE: Fabrício Fernandes Pinheiro (Bandeiras e Povoamento de Goiás); Victor Aguiar Jardim de Amorim (Pelo sangue: a genealogia do poder em Goiás); Jornal "A Matutina Meiapontense", ed. 221, de 27/8/1831.


O Presidente da província de Goiás era o Marechal Miguel Lino de Moraes como se sabe. Sob esse governo, um dos melhores que lhe deu o Império, ela progrediu bastante: a agricultura e a instrução mereceram especiais cuidados.

Mas o prestígio do Marechal foi diminuindo rapidamente, sobretudo por causa da corajosa declaração que fizera, ao abrirem as sessões do Conselho Geral em dezembro de 1830, de ser vantajosa para o progresso de Goiás a mudança da respectiva capital para o lugar denominado Água-Quente, pouco afastado do rio Tocantins (cento e quatro anos após realizou-se a mudança da Capital Goiana para outro local, é certo, mas isso veio a permitir ao Estado um progresso que não seria tão grande se a capital se conservasse onde sempre foi).

Ora, já reinava no seio do povo o desassossego proveniente dos despautérios de Pedro I, e essa intranquilidade se agravou não só por causa de ideia do Marechal Lino de Morais de transferir a capital, senão também por outro fato que veio tornar mais tensas as relações entre ele o povo e, deste modo, torná-lo ainda mais mal visto e antipatizado. E o caso foi que o Marechal Lino, cumprindo ordens do Ministro do Império para mandar vacinar a população contra a varíola, determinou ao farmacêutico Henry Yates, do Hospital São Pedro de Alcântara, que inoculasse nele e nas nove pessoas de sua própria família a linfa jeneriana. Era um exemplo que ele Presidente dava submetendo-se às ordens do Ministro, ao mesmo tempo que mostrava ao povo a confiança que tinha naquele meio profilático.

A Câmara e o povo amedrontados, revoltaram-se e, temendo a propagação do mal do tempo do Conde de Palma pretenderam deportar o Presidente e sua família para trás léguas distantes da Capital. A ação do Bispo Cego nesta emergência foi que salvou a situação. Sua prudência e o apoio que lhe deu o governador das armas e outras autoridades evitam aquela violência. Mesmo assim a Câmara mandou a Lino de Morais um ofício em que exigiu se retirasse da cidade.

Foi o momento crítico daquele mal-estar que gerara no Rio de Janeiro o 7 de Abril e que iria repercutir em Goiás, em 14 de agosto. Uma revolução incruenta, pode-se dizer, mas que poderia ir bem longe se não se fizesse sentir a intervenção oportuna, leal e conciliadora de Dom Francisco, dada a paixão que a causa provocou e a malquerença existente contra Lino de Mores.

Naquele dia 14 de Agosto, reunidos na Câmara se encontravam os Conselheiros do Governo e os vereadores municipais. A deposição de Lino de Moraes era assunto da reunião, e nela se discutia o caso como revide ao Presidente, que na véspera fizera amar o batalhão 29, pondo-o de prontidão em vista dos boatos que corriam de que os goianos iam massacrar os brasileiros adotivos (portugueses).

Era a luta que se esboçava entre os partidários do nacionalismo puro e os que mais tolerantes talvez se inclinavam para uma solução mais consentânea ao nosso temperamento, à nossa índole.

Dom Francisco na manhã daquele dia, sabedor dos grandes acontecimentos que estavam para dar-se, conduzido por seu sobrinho, Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, então Secretário da Câmara Episcopal, vai até onde se reuniram os companheiros de representação. A atuação de dele foi de caráter pacífico e evitando as vinditas. Sua serenidade pôs fim a um estado de exaltação que poderia gerar situações dolorosas.

Sublevados o povo e a tropa, não restava a Lino de Moraes senão resignar o cargo que exercia, tendo sido seu genro, Antônio Ferreira dos Santos Azevedo, Secretário de Governo (também sobrinho do Bispo), o portador do ofício à Câmara reunida, ao qual declarava renunciar à Presidência e retirar-se para o Rio de Janeiro, em companhia de sua esposa e filhos. De fato, a 20 de agosto, Lino de Moraes deixava a capital goiana, depois de haver prestado bons serviços à província que ele governara durante quatro anos.

FONTE: Pedro Cordolino Ferreira de Azevedo (Dom Francisco o Bispo Cego)


Em “Fala” dirigida ao Conselho Geral da Província, o presidente Marechal Miguel Lino de Moraes (1825-1831), afirmava que em Goiás “são inteiramente desconhecidas [as Artes} para aqueles que as exercitam (…) inclusivamente a importante Arte de curar, e de manipular remé­dios”. E acrescentava: “Não há em toda a Proví­cia um só Médico, Cirurgião e Boticário aprova­do .” Acrescenta ser necessária a criação de uma “Aula de Medicina Prática, de Cirurgia e Farmá­cia”, que poderia “fazer os seus ensaios na Casa do Hospital de Caridade [São Pedro de Alcân­tara]”, onde, “vigiados por bons Professores, al­guns Estudantes se aplicarão”. E conclui: “En­quanto se não pode tocar o [ensino] superior da Arte [de curar], teremos [em Goiás] moços ins­truídos, que nos diversos Arraiais saibam aplicar com proveito alguns remédios.”

FONTE: DM / Opinião

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Marechal Miguel Lino de Moraes's Timeline

1775
1775
Portugal
1835
December 25, 1835
Age 60
Porto Alegre, Porto Alegre, State of Rio Grande do Sul, Brazil
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