Matching family tree profiles for Amélia Machado Coelho de Castro, viscondessa de Cavalcanti
Immediate Family
About Amélia Machado Coelho de Castro, viscondessa de Cavalcanti
Foi nesta sociedade repleta de mudanças que em 07 de novembro de 1853 nasceu no Rio de Janeiro, Amélia Machado Coelho (1853-1946), filha de Constantino Machado Coelho e Mariana Barbosa de Assis Machado. Dona Mariana era irmã de Mariano Procópio Ferreira Lage e seu falecido pai irmão de Dona Maria Amália, esposa de Mariano Procópio.
Amélia poderia então, ser considerada prima-irmã de Alfredo Ferreira Lage, fundador do Museu Mariano Procópio.
A jovem, portanto, não era uma pessoa comum no que se referia à sua origem. O ramo familiar radicado em Juiz de Fora, na figura de Mariano Procópio Ferreira Lage tinha influência ímpar nos assuntos desta cidade, a Manchester Mineira, nascida em decorrência da abertura do Caminho Novo no século XVIII, o plantio do café após 1840 e industrializada de 1870 a 1930.
As histórias de pessoas da família que conheciam o mundo, as ciências, as artes e a vida política do país, rodeavam Amélia e irão formar uma mentalidade peculiar na jovem e ajudarão a explicar suas afinidades e predileções. Esta linhagem familiar foi determinante no que se referiu ao interesse pela prática colecionista da Viscondessa.
Amélia, futura Viscondessa de Cavalcanti, tornou-se uma bela moça, requintada, educada e um dos melhores partidos do Rio de Janeiro daquela época. Como se refere Veiga Jr. acerca de seu casamento em 1871 com Diogo Velho: “Poucos homens públicos do segundo reinado foram tão felizes quanto o Visconde de Cavalcanti. [...] feliz, finalmente, porque se uniu a uma dama “que era, em formosura, juventude e fortuna, o melhor e mais encantador partido do Rio de Janeiro [...]”.
Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque nasceu em 09 de dezembro de 1829 no município de Pilar, na Paraíba, filho de Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque e Angela Sophia Cavalcanti Pessoa. Formou-se na Faculdade de Direito de Olinda e foi um dos políticos mais importantes do Império.
Foi deputado geral, senador, presidente de várias províncias, ministro de diversas pastas e agraciado com o título de Visconde com honras de grandeza, em 1888.
O casal tinha uma vida social intensa, colecionava obras de arte e circulava no meio intelectual, abrindo semanalmente as portas de suas residências, fosse no Rio de Janeiro ou fosse em Paris, para animados encontros. Neste salão, circulavam artistas, políticos, intelectuais, escritores, como também, a família imperial.
As paredes do palacete do casal Amélia e Diogo no Rio de Janeiro eram, como de costume na época e devido a seu grande gosto pelas artes, decoradas com obras de grandes mestres da pintura. .
Além das pinturas em miniatura, ela possuía outras coleções muito significativas que estão dispersas em vários locais, como no Museu Nacional de Belas Artes, que conserva um retrato seu e outro de sua filha Stella pintado pelo conhecido artista francês Léon Bonnat; no Museu Histórico Nacional onde ela própria doou em 1927, todos os objetos rituais maçônicos de D. Pedro I; no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano onde se encontra um retrato seu e outro do Visconde, pintados pelo também francês Jules Jacques Labatut. No entanto, o Museu Mariano Procópio é o que conserva e preserva a maior parte de suas coleções.
No Império, outros colecionadores também se destacaram com coleções semelhantes às da Viscondessa, no que diz respeito ao apreço pela arte estrangeira. O anglo-baiano Jonathas Abbot, que talvez possa ser considerado o mais antigo colecionador sistemático do Brasil e contemporâneo de Dona Amélia e Salvador de Mendonça, que possuía em seu catálogo de obras de arte 228 quadros de artistas europeus, que pintavam retratos, cenas de gênero, de paisagem e natureza morta.
´´´´´´ Podemos concluir neste artigo que o Museu Mariano Procópio possui em seu acervo a maior coleção de pinturas em miniatura de um só colecionador do Brasil, podendo ser comparada às maiores coleções internacionais. A Viscondessa de Cavalcanti compôs sua coleção com a maioria de pintores franceses, o que demonstrava estar atenta às tendências internacionais.
A maior parte dos pintores de sua coleção receberam diversos prêmios e medalhas nas Exposições Universais e Salões de Arte do mundo todo e muitos deles são, hoje, referências no estudo de coleções e colecionadores no que se refere a pinturas em miniatura.
O cuidado da colecionadora em adquirir quase todos os gêneros da pintura, simbolizados nas pinturas em miniatura, sendo a pintura histórica o único gênero pictórico não encontrado, faz com que o estudioso em história da arte, ao se deparar com esta coleção perceba uma sistematização por parte da colecionadora e sua intenção em formar uma coleção de pintura que abarcasse a maioria dos gêneros e o espectador leigo perceba um gosto pela variedade, levantando a hipótese de uma possível função decorativa da coleção.
Enfim, a coleção de pinturas em miniatura da Viscondessa de Cavalcanti é um importante exemplo do hábito colecionista do século XIX, e ao doar integralmente esta coleção para o Museu Mariano Procópio, numa tentativa de perpetuar seu nome e seu gosto pela arte, a Viscondessa trouxe visibilidade para o patrimônio histórico cultural da cidade de Juiz de Fora.
Fonte: https://www.cesjf.br/revistas/cesrevista/edicoes/2011/10_HISTORIA_P...
- Reference: FamilySearch Family Tree - SmartCopy: Nov 23 2019, 0:55:20 UTC
Amélia Machado Coelho de Castro, viscondessa de Cavalcanti's Timeline
1853 |
November 7, 1853
|
Rio De Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
|
|
1872 |
April 29, 1872
|
||
1873 |
May 30, 1873
|
||
1946 |
1946
Age 92
|
Rio De Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
|