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About João Ramalho
Correção sobre João Ramalho, descrito em
Luiz Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana, vol I págs 30/31 (http://buratto.org/paulistana/introducao.htm)
http://www.arvore.net.br/Paulistana/Adenda_1.htm'''
Pág. 30 - Cap. 5.º:
João Ramalho
. Quando aí descrevemos a sua descendência, lamentávamos a perda do seu testamento, que poderia nos orientar com segurança no assunto. Guiados então pelos "Apontamentos Históricos" de Azevedo Marques e por uma ou outra referência feita por Pedro Taques na sua "Nobiliarquia Paulistana", aí mencionamos cinco filhos, entre os quais: Catharina Ramalho e Beatriz Ramalho, que não foram f.ªs de João Ramalho; omitimos na lista dos f.ºs muitos outros e, e finalmente, seguindo o testemunho do revd.mo dr. Guilherme Pompeu, demos na pág. 31 do citado V. a Anna Camacho (mulher de Domingos Luiz) uma ascendência errônea em face dos dois novos documentos que nos vieram às mãos depois de publicado o 5° V., e que passamos a expor:
O 1.º documento pertenceu ao arquivo do general Arouche, que o escreveu sob a inspiração do grande genealogista Pedro Taques no século 18.°; principia expondo e criticando as diversas tradições verbais correntes em seu tempo sobre a ligação de Anna Camacho com seu antepassado João Ramalho, entre as quais uma existia que ligava a dita Anna Camacho à Tebiriçá sem passar em João Ramalho, e esta foi a 1.ª opinião formada por Pedro Taques nos primeiros tempos de seus estudos genealógicos, e finalmente estriba-se o dito general na 2.ª opinião do mesmo genealogista que, em uma carta escrita nos últimos anos de sua vida, quando adiantado nos seus estudos genealógicos, reformou a sua 1.° e apresentou a que julgava segura em vista de documentos que teve ocasião de consultar.
Pág. 66
A. 1.ª tradição, contida no documento do general Arouche, menciona Anna Camacho como f.ª de Gonçalo Camacho e de Jeronima Dias, por esta neta de Lopo Dias e de Beatriz Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho e de Izabel Dias.
A 2.ª apresenta Anna Camacho como f.ª de Bartholomeu Camacho e de Jeronima Dias, por esta neta de Jeronimo Dias e de N... Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho.
A 3.ª (que foi a 1.ª opinião de Pedro Taques, mais tarde reformada pelo mesmo) menciona a dita Anna Camacho como f.ª de Gonçalo Camacho e de Jeronima Dias, por esta neta de Lopo Dias e de N..., por esta bisneta de Tebiriçá.
Diante de tanta diversidade de opiniões sem títulos nem documentos, exclamou o general Arouche: que ficava na certeza e confessava ignorar quais eram os seus antepassados mais remotos; e esta incerteza para nós cresce de ponto face da 4.ª tradição, escrita pelo revd.mo dr. Guilherme Pompeu, que diz ser Anna Camacho f.ª de Jeronimo Dias Cortes e de N... Camacho, por esta neta de Bartholomeu Camacho e de N... Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho.
Entretanto, o dito general termina aceitando como verdadeira e mais segura a 2.ª opinião de Pedro Taques, baseada em documentos, e nós neste ponto o acompanhamos; vem ser: que Anna Camacho (mulher de Domingos Luiz) foi f.ª de Gonçalo Camacho, natural de Viana (irmão de Paula Camacho que veio ao Brasil casada com João Maciel) e de N... Ferreira, por esta neta do capitão-mor Jorge Ferreira e de Joanna Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho e de Izabel Dias. Esta 2 ° opinião de Pedro Taques, além de baseada em documentos como sejam cartas de sesmaria, escrituras de dote e procurações, está de acordo com o testamento de João Ramalho, cuja cópia é a substância do 2.º documento que vamos descrever.
O 2.° documento é uma cópia do testamento de João Ramalho, datado em 1580, na parte que interessa à genealogia, extraída do Cartório de Notas, caderno rubricado por João Soares, tit. 1580, fls. 10, e pertenceu ao arquivo do velho José Bonifácio.
Diz a cópia: ser João Ramalho natural de Bouzella, comarca de Viseu, f.° de João Velho Maldonado e de Catharina Affonso de Balbode e que ao tempo que a esta terra (Brasil) viera, se casara com uma moça que se chamava Catharina Fernandes das Vacas,
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a qual lhe parece que ao tempo que se dela partiu para vir para cá, que ficara prenhe e que isto haverá alguns 90 anos (eu leio 70 anos, observa o copista aludindo à interpretação que desse algarismo fez o padre mestre autor das Memórias Impressas) que ele nesta terra está. Da índia Izabel, que ele chamava sua criada, teve os seguintes f.ºs:
1.º André Ramalho
2.° Joanna Ramalho
3.° Margarida Ramalho
4.° Victorio Ramalho
5.º Antonio de Macedo
6.° Marcos Ramalho
7:º Jordão Ramalho
8.° Antonia Quaresma.
Luiz Gonzaga da Silva Leme, Genealogia Paulistana, vol I págs 30/31 (http://buratto.org/paulistana/introducao.htm)
João Ramalho, foi capitão entre os mais portugueses; segundo escreveu Taques, teve o foro de cavaleiro e foi o fundador, pelos anos de 1550, da povoação de Santo André da Borda do Campo; foi guarda-mor e alcaide-mor da dita povoação e dos campos de Piratininga, e em 1562 foi capitão-mor da expedição contra os índios Tupiniquins, que, confederados com outras tribos, tinham pouco antes dado um formidável assalto à nascente povoação de S. Paulo de Piratininga, sendo estes índios repelidos graças ao valor e intrepidez do chefe índio Tibiriçá, que já estava então batizado com o nome de Martim Affonso Tibiriçá, o qual tomou o comando da pequena força da povoação, e, correndo a todos os pontos das fortificações, animava a todos e assim conseguiu repelir os assaltantes com grande perda destes. Já se achava em terra João Ramalho, vivendo maritalmente com uma filha do dito chefe Tibiriçá, quando em S. Vicente desembarcou Martim Affonso com sua gente em 1532, para ali fazer, como donatário dessa capitania, seu primeiro estabelecimento e criar a povoação. São incontestáveis os serviços que desde então prestou João Ramalho , facilitando por sua influencia e prestigio entre os indígenas, como medianeiro e interprete, o estabelecimento do domínio português no litoral e posteriormente em serra acima. Foi João Ramalho, por sua aliança com a f.ª de Tibiriçá, que foi batizada com o nome de Izabel Dias, o tronco da maior parte da nobreza de S. Paulo; com quanto não se possa ler no manuscrito de 1613 o nome de sua mulher e nem o do cacique de quem era f.ª, por estar muito apagada essa parte, todavia, conciliando-se a tradição com o que ainda se pode ler do dito manuscrito, conseguimos estabelecer como certo que o da mulher foi Bartira, segundo escreveu Machado de Oliveira, ou Mbcy, como afirmou Ter lido em algum documento o Dr. Ricardo Gumbleton, e o do cacique era Tevereçá, chefe da aldeia de Inhapuambuçú. De João Ramalho descobrimos por documentos diversos os seguintes f.ºs:
1-1 Catharina Ramalho § 1.º
1-2 Joanna Ramalho § 2.º
1-3 Beatriz Ramalho § 3.º
1-4 F................ § 4.º
1-5 Victorino Ramalho § 5.º
João Ramalho (Vouzela, 1493–Piratininga, 1580) foi um aventureiro, explorador português, que se internou pelo mato e confraternizou com o gentio.
Filho de João Vieira Maldonado e Catarina Afonso, de Valgode (nome de localidade próxima de Vouzela), era casado em Portugal com Catarina Fernandes, a quem nunca mais viu depois da partida em 1512 em uma nau buscando a Ilha do Paraíso no Brasil. Naufragou na costa da futura capitania de São Vicente, hoje estado de São Paulo, por volta de 1513.
Encontrado pela tribo dos Guaianases, adaptou-se à vida no Novo Mundo ganhando prestígio junto aos índios com quem vivia. Casou-se com a filha do cacique Tibiriçá, Bartira, batizada Isabel Dias. Do casamento realizado pelo padre Manuel da Nóbrega resultaram nove filhos mas João Ramalho teve filhos também com numerosíssimas índias, já que na cultura nativa havia grande liberdade sexual e, além do mais, Ramalho queria agradar os demais caciques e estabelecer vínculos, ao receber suas filhas.
Com os filhos, estabeleceu postos no litoral para fazer comércio com europeus, vendendo índios prisioneiros para serem escravizados, construindo bergantins, reabastecendo os navios em trânsito e negociando o pau-brasil. Nas excursões pelo interior para capturar índios para serem vendidos como escravos, os filhos de João Ramalho, mamelucos com metade de sangue indígena, comportavam-se com extrema crueldade.
O reencontro com os portugueses foi surpreendente. Os portugueses esperavam uma batalha contra um grande número de índios, que caminhavam em direção a São Vicente. Em vez de uma batalha, receberam João Ramalho, que passou a usar de sua grande influência sobre a tribo para ajudar a seus conterrâneos.
Especula-se sobre a possibilidade de João Ramalho ter origens ou laços judaico-portugueses; Ramalho utilizava em sua assinatura a letra hebraica do kaf.[1], tendo uma história em comum com Diogo Álvares Correia (o "Caramuru"), que naufragou na costa brasileira na época e que envolveu-se com indígenas.
Santo André da Borda do Campo
Fundou no planalto de Piratininga uma povoação que batizou Santo André da Borda do Campo, elevada em 1553 à categoria de vila, da qual foi capitão, alcaide e vereador. João III de Portugal o nomeou Guarda-mor das terras altas de Piratininga, título entregue por Martim Afonso de Sousa, quando foi recebido por Ramalho no planalto.
Como intermediário, ajudou Martim Afonso de Sousa na fundação de São Vicente, em 1532. Acompanhado de parentes, transferiu-se depois de Santo André para a povoação de São Paulo, fundada pelo padre Manuel da Nóbrega, depois que os jesuítas chegaram em 1549 ao Brasil.
Foi um dos responsáveis pela expulsão, em 10 de julho de 1562, dos Tamoios confederados que haviam assaltado a então vila de São Paulo. Depois, retirou-se para o vale do Paraíba, recusando em 1564 o cargo de vereador da vila que ajudara a fundar.
GPAUL - Genealogia Paulistana
Luiz Gonzaga da Silva Leme
João Ramalho (Vouzela, 1493–Piratininga, 1580) foi um aventureiro, explorador português, que se internou pelo mato e confraternizou com o gentio.
Casou-se com a filha do cacique Tibiriçá, Bartira, batizada Isabel Dias. Do casamento realizado pelo padre Manuel da Nóbrega resultaram nove filhos mas João Ramalho teve filhos também com numerosíssimas índias, já que na cultura nativa havia grande liberdade sexual e, além do mais, Ramalho queria agradar os demais caciques e estabelecer vínculos, ao receber suas filhas.
http://www.vidaslusofonas.pt/joao_ramalho.htm
" Veio para o Brasil por volta de 1510, tendo fundado Santo André da Borda do Campo cerca de 1550"
Informação retirada da obra " Patriarcado de Romualdo de Sousa Brito" do Prof. Benedito de Sousa Brito
Nasceu por volta de 1485, em Vouzela, no concelho de Viseu, em Portugal. Filho de JOÃO VELHO MALDONADO e de CATHARINA AFFONSO DE BALBODE. Casou-se em Portugal com Catharina Fernandes das Vacas. Catharina estava grávida quando João Ramalho partiu de Portugal para o Brasil. Em seu testamento, João Ramalho declarou ter sido escudeiro da rainha. Não se sabe como João Ramalho veio parar no Brasil. Talvez tenha sido um náufrago, talvez degredado. Sabe-se que estava no Brasil pelo menos desde 1508.Vivia com os índios Guaianases. Adaptou-se perfeitamente aos costumes indígenas e, segundo depoimentos de seus contemporâneos, havia se "barbarizado". Era venerado, temido e respeitado pelos nativos. Segundo o explorador alemão Ulrich Schmidel, João Ramalho "podia arregimentar cinco mil índios em um só dia, enquanto o rei de Portugal só ajuntaria dois mil". Em 1531, quando Martim Affonso de Sousa chegou ao Brasil, encontrou João Ramalho nos arredores de São Vicente. Nesta época, João Ramalho vivia no planalto de Piratininga, acima da Serra do Mar, e foi ele quem conduziu os portugueses serra acima, pela trilha do Paranapiacaba. Segundo o padre Manoel da Nóbrega, a vida de João Ramalho era "uma petra scandali. Tem muitas mulheres e ele e seus filhos andam com as irmãs de suas esposas e têm filhos delas. Vão à guerra com os índios, suas festas são de índios e assim vivem, andando nus como os índios". Apesar das críticas dos jesuítas, João Ramalho era o verdadeiro senhor da região de São Vicente e Piratininga. Martim Affonso e seus sucessores sempre o consultavam antes de tomarem alguma decisão importante naqueles territórios. João Ramalho recebeu de Martim Affonso de Sousa terras de sesmaria, tornando-se assim proprietário oficial de áreas registradas pelo governo português. Martim Affonso nomeou-o "guarda-mor da borda do campo", incumbindo-o de barrar qualquer português que tentasse avançar para o interior sem sua autorização. Tomé de Sousa escreveu ao rei informando que João Ramalho tinha "tantos filhos, netos e bisnetos, que não ouso dizer a Vossa Alteza. É homem de mais de setenta anos, mas caminha nove léguas antes do jantar, e não tem um só fio branco na cabeça ou no rosto". Dentre suas muitas mulheres, a principal era BARTYRA (M'BICY), filha do CACIQUE TIBIRIÇÁ, chefe da tribo dos guaianases, e de [...]. Em 1550, João Ramalho foi excomungado pelo padre jesuíta Simão de Lucena, por viver "amancebado" com Bartyra. Em 1553, o padre Manoel da Nóbrega, percebendo que seria impossível prosseguir com a catequese sem o apoio de João Ramalho, convenceu-o a se casar com Bartyra, que antes foi batizada e recebeu o nome cristão de Isabel Dias. Não se sabe se o casamento cristão chegou a ser realizado. Em julho de 1553, João Ramalho foi nomeado capitão-mor da vila de Santo André pelo governador-geral Tomé de Sousa. Foi também alcaide-mor da mesma vila, da qual foi fundador. Em 1560, Mem de Sá transferiu João Ramalho para São Paulo, onde passou a viver. Em 1562, João Ramalho, auxiliado por Tibiriçá e seus índios, salvaram a vila de São Paulo de um ataque dos índios carijós. Em 1564, foi nomeado vereador de São Paulo, mas recusou o cargo. João Ramalho faleceu em 1580, com mais de 95 anos de idade
àcerca (Português)
Foi capitão entre os mais portugueses; segundo escreveu Taques, teve o foro de cavaleiro e foi o fundador, pelos anos de 1550, da povoação de Santo André da Borda do Campo; foi guarda-mor e alcaide-mor da dita povoação e dos campos de Piratininga, e em 1562 foi capitão-mor da expedição contra os índios Tupiniquins, que, confederados com outras tribos, tinham pouco antes dado um formidável assalto à nascente povoação de S. Paulo de Piratininga, sendo estes índios repelidos graças ao valor e intrepidez do chefe índio Tibiriçá, que já estava então batizado com o nome de Martim Affonso Tibiriçá, o qual tomou o comando da pequena força da povoação, e, correndo a todos os pontos das fortificações, animava a todos e assim conseguiu repelir os assaltantes com grande perda destes. Já se achava em terra João Ramalho, vivendo maritalmente com uma filha do dito chefe Tibiriçá, quando em S. Vicente desembarcou Martim Affonso com sua gente em 1532, para ali fazer, como donatário dessa capitania, seu primeiro estabelecimento e criar a povoação. São incontestáveis os serviços que desde então prestou João Ramalho , facilitando por sua influencia e prestigio entre os indígenas, como medianeiro e interprete, o estabelecimento do domínio português no litoral e posteriormente em serra acima. Foi João Ramalho, por sua aliança com a filha de Tibiriçá, que foi batizada com o nome de Izabel Dias, o tronco da maior parte da nobreza de S. Paulo; com quanto não se possa ler no manuscrito de 1613 o nome de sua mulher e nem o do cacique de quem era filha, por estar muito apagada essa parte, todavia, conciliando-se a tradição com o que ainda se pode ler do dito manuscrito, conseguimos estabelecer como certo que o da mulher foi Bartira, segundo escreveu Machado de Oliveira, ou M'bcy, como afirmou ter lido em algum documento o Dr. Ricardo Gumbleton, e o do cacique era Tevereçá, chefe da aldeia de Inhapuambuçú.
Foi um aventureiro e explorador português. Viveu boa parte de sua vida entre índios Tupiniquins, após chegar no Brasil em 1515. Foi, inclusive, chefe de uma aldeia, após se tornar amigo próximo do cacique Tibiriçá, importante líder indígena tupiniquim na época dos primeiros anos da colonização portuguesa no Brasil. Teve um papel importante na aproximação pacífica entre índios e portugueses, principalmente na chegada de Martim Afonso de Souza no Brasil, com quem se encontrou no território de São Vicente, e criou grande amizade. Vivia no povoado de Santo André da Borda do Campo, que em 1553 foi transformado em uma vila pelo governador-geral do país na época, Tomás de Souza. Ramalho foi vereador e alcaide (prefeito) da vila. Fundou a dinastia de mamelucos, filhos de índios com portugueses que, no século XVII, teve lugar de destaque na empreitada comercial-militar conhecida como bandeiras. João Ramalho é chamado, inclusive, de Patriarca dos Bandeirantes. São Paulo, quando era apenas um pequeno vilarejo, precisou ser defendida por um “bárbaro”, aliado dos índios e que conhecia a região como ninguém. Estamos falando de João Ramalho e o cerco de 9 de julho. É considerado o patriarca dos mamelucos, pai dos paulistas o “fundador da paulistanidade”. Nascido na cidade de Vouzela, região norte de Portugal, em 1493, nosso personagem foi casado com Catarina Fernandes das Vacas. Sua chegada ao Brasil se deu em 1515, ou seja, com pouco mais de 20 anos de idade. Não se sabe se ele era um náufrago, colono ou um degregado (criminoso condenado ao exílio). Por outro lado, sabe-se que Ramalho teve grande relação de amizade com Tibiriçá sendo, inclusive, casado com uma delas, chamada Bartira. Esse aventureiro teve muitas mulheres e filhos durante sua vida.. Voltando à sua importância para São Paulo, Ramalho se tornou um homem muito poderoso graças à relação amistosa com os tupiniquins. Segundo o alemão Ulrich Schmidel, em seu livro “Viagem ao Rio da Prata”, ele era capaz de mobilizar 5 mil homens em um só dia, se fosse necessário. O poderoso português teve, também, papel fundamental na exploração do território brasileiro, sendo que ajudou Martim Afonso de Souza na busca de ouro e prata na região que hoje é Cubatão. A saga dos primeiros colonizadores, o caminho foi o seguinte: Em barcos a remo, foram da Vila de São Vicente até Piaçaguera de Baixo (atual Cubatão). Então caminharam por terras alagadas até Piaçaguera de Cima, onde começaram a subida da Serra de Paranapiacaba (lugar de onde se vê o mar, em tupi). Ao chegarem à nascente do Rio Tamanduateí, seguiram o curso das águas, saíram da mata fechada e entraram em um vasto campo sem árvores. Ainda acompanhando o rio, chegaram à colina onde se localizava a Aldeia de Piratininga. No local, seria erguida a Vila de São Paulo. Na região do planalto, Ramalho vivia em uma vila chamada de Santo André da Borda do Campo, região que ficava em algum ponto de São Bernardo do Campo. No ano de 1553, o primeiro governador geral do país, Tomé de Souza, transformou a vila em povoado e Ramalho foi vereador e prefeito, além de guarda de toda a região. Mesmo sendo uma das pessoas mais importantes da vila, foi expulso de uma missa realizada na Capela de Santo André, pelo padre Leonardo Nunes. A alegação do sacerdote era que o português havia sido excomungado por não respeitar os votos de matrimônio e ter várias mulheres. Mesmo com esse acontecimento, Manuel da Nóbrega, acabou batizando sua esposa Bartira, que escolheu o nome cristão de Isabel Dias, e celebrou seu casamento católico com João Ramalho. O sogro de Ramalho também recebeu o batismo e passou a se chamar Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao explorador que conhecera anos antes. A pedido de Nóbrega, João Ramalho mandou um de seus inúmeros filhos, André, acompanhar o padre em uma expedição pelo interior do território em busca de mais índios para catequizar. Em 1562 aconteceu o terrível conflito entre os portugueses e seus aliados contra uma aliança formada pelos Tamoios, Guaianazes, Tupis e Carijós. Esse cerco, que se deu em um dia 9 de julho, foi a principal contribuição de Ramalho à São Paulo, afinal, graças à sua bravura e sua influência, conseguiu defender o povoado do ataque indígena. O famoso cacique Tibiriçá viria a falecer nesse mesmo ano e, em homenagem à sua bravura e cooperação, seus restos se encontram, até hoje, na cripta da Catedral da Sé. João Ramalho morreu em 1580, em avançada idade. É o fundador da dinastia de mamelucos que, no século seguinte, terá lugar de destaque na empreitada comercial-militar conhecida como “bandeira”.
João Ramalho's Timeline
1493 |
1493
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Vouzela, Portugal
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1505 |
1505
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São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
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1511 |
1511
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São Paulo de Piratininga, São Paulo, Brasil (Brazil)
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1521 |
1521
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São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
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1530 |
1530
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São Paulo, São Paulo, Brasil (Brazil)
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1530
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Sao Paulo, Brazil
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1580 |
1580
Age 87
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São Paulo, Sao Paulo, Brazil
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