Maria Joaquina de Melo e Oliveira, 2ª Baronesa de Piracicaba

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About Maria Joaquina de Melo e Oliveira, 2ª Baronesa de Piracicaba

Um pouco da história da 2ª Baronesa de Piracicaba, texto do tetraneto Felipe Marquezini.

Maria Joaquina Oliveira de Barros (antes de casar, de Mello e Oliveira), apelidada Mariquinha, na casa de sua filha Elisa de Barros Alves de Lima na rua São Luís.

Nascida na Fazenda São José na cidade de Rio Claro, em 5 de setembro de 1847, foi a penúltima dos 12 filhos de José Estanislau de Oliveira (1803-1884) e Elisa Justina de Mello Franco (1806-1892), futuros Barões de Araraquara e Viscondes de Rio Claro. Em Rio Claro residia ainda sua avó materna, a única que conheceu, a alemã Anna Karolina Overbeck de Mello Franco (1784-1872).

Educada nos padrões da época, tocava piano e falava francês, e saía pouco do casarão da Fazenda; em regra, apenas para visitar parentes e ir à missa. Nas missas, chamou a atenção de Raphael Tobias de Barros (1830-1898), filho do Barão de Piracicaba e viúvo havia alguns anos de uma prima. Raphael escreveu para José Estanislau pedindo Mariquinha em casamento; consultada, Mariquinha consentiu e o evento foi marcado. Ela tinha 15 anos, ele tinha 32.

O casamento, ocorrido na Fazenda São José, foi uma festividade de 3 dias, com muitos parentes vindos de Itu, Rio Claro, São Carlos, Sorocaba e São Paulo. Foi um casamento triplo, de três filhos (e uma neta) de José Estanislau e Elisa: em 23 de abril de 1863 se casaram Antônio Galdino de Mello Oliveira (1839-1905) com sua sobrinha Eulália Carolina de Oliveira Borges (1848-1878) e Anna Carolina de Mello Oliveira (1841-1945) com Antônio Carlos de Arruda Botelho (1827-1901), futuro Conde do Pinhal; e no dia seguinte se casaram Raphael e Mariquinha.

Pelos 15 anos seguintes, residiu em Rio Claro na Fazenda Santo Antônio, principal propriedade agrícola de Raphael (a casa permanece de pé, como sede do Horto Florestal de Rio Claro). Nesse período nasceram os nove filhos mais velhos: Antônio (1864-1937), Bento (1866-1907), José (1867-1869), Maria (1869-1870), Raphael Tobias (1870-1946), Maria (1871-1873), Antônia (1873-1948), João (1875-1961) e Sophia (1877-1934).

Em 1878 se transferiram para São Paulo, para uma imensa casa na então Rua Alegre (hoje Brigadeiro Tobias), erguida em um terreno provavelmente herdado de seu sogro, com material vindo da Europa. Parte das terras paulistanas herdadas foram doadas para a construção da Santa Casa de Misericórdia (que até hoje lá se encontra); foi a principal razão pela qual Raphael, em 31 de dezembro de 1880, foi agraciado com o título de segundo Barão de Piracicaba, tornando Mariquinha a segunda Baronesa. Já residindo em São Paulo nasceram seus três últimos filhos, Elisa (1879-1949), Gertrudes (1881-1979) e José (1884-1958).

No palacete, recebiam políticos, promoviam saraus e festas no salão principal. Passavam parte do ano na Fazenda, mas Raphael se envolveu em outros negócios, como a Companhia Ytuana de Estradas de Ferro, o Jockey Club de São Paulo e o Banco do Commércio e Indústria de São Paulo. No palacete ainda faleceu sua mãe, a Viscondessa de Rio Claro, em 21 de abril de 1892. Em 19 de março de 1898, Raphael Tobias de Barros faleceu vítima de febre tifóide. A Baronesa viúva passou a centralizar a vida familiar, cuidando não apenas do palacete mas da Fazenda Santo Antônio.

Por mais de uma década prosseguiu a vida social do palacete, com suas festas e os almoços familiares semanais com os nove filhos e dezenas de netos; a Baronesa visitava com frequência sua cunhada a Marquesa de Itu, e participava de eventos beneficentes. Porém, com a idade, não conseguia mais ter a mesma eficiência na administração da Fazenda, e a queda dos preços do café somada a problemas de administração fizeram com que em 1916 a baronesa vendesse a Fazenda. Na mesma época, o palacete da rua Brigadeiro Tobias foi alugado para o funcionamento das primeiras instalações da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, garantindo uma boa renda para a baronesa viúva. Por antigas cartas, sei que residiu com alguns filhos nessa idade avançada; chegou a ficar na casa de sua filha Sophia, casada com o então futuro presidente da República Washington Luís, e um período no Rio de Janeiro, onde morava então meu trisavô José. Os últimos anos passou na rua São Luís, na casa de sua filha Elisa, onde faleceu aos 78 anos em 26 de abril de 1926.

Os jornais da época trazem em detalhes o acompanhamento fúnebre e mesmo os dizeres das coroas de flores. Símbolo de uma São Paulo antiga, foi homenageada por centenas de pessoas (entre políticos, artistas e personalidades da época, além de família e amigos) que seguiram até o cemitério da Consolação, onde foi enterrada ao lado de seu marido e de seu filho Bento, falecido em 1907.

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Maria Joaquina de Melo e Oliveira, 2ª Baronesa de Piracicaba's Timeline

1847
May 9, 1847
Rio Claro, SP, Brazil
October 9, 1847
São João Batista, Rio Claro, São Paulo, Brazil
1864
March 23, 1864
Rio Claro, SP, Brasil (Brazil)
1866
February 4, 1866
Rio Claro, SP, Brasil (Brazil)
1869
March 11, 1869
Rio Claro, São Paulo, Brasil
1870
May 21, 1870
Rio Claro, São Paulo, Brasil
1873
September 7, 1873
Rio Claro, SP, Brasil (Brazil)
1877
September 27, 1877
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
1879
April 7, 1879
Rio Claro, SP, Brasil (Brazil)