Tenente Antônio Paes de Bulhões, I

"Velhas Famílias do Seridó" do autor Olavo de Medeiros Filho - Brasília, 1981. Segundo a lenda, conta o autor, o pai teria sido assassinado por vizinho e ele, o filho, trazendo 40 cabras do Ceará, vingou a morte do pai, dizimando o engenho do inimigo e matando toda sua família. Ainda segundo o autor Antônio de Pais Bulhões teria ascendência judaica.

"No Roteiro dos Azevedo e outras famílias do Nordeste" de Sebastião de Azevedo Bastos, Joao Pessoa- Paraíba- 1954/1955. pagina 595

"Velhas Famílias do Seridó" do autor Olavo de Medeiros Filho - Brasília, 1981.

Antonio Paes de Bulhões, é irmão de João Paes de Bulhões.

Em Despacho do Conselho Ultramarino em 28 de Novembro de 1754, temos uma habilitação de genere INCOMPLETA,sobre a Limpeza de Sangue de João Paes de Bulhões, "sendo filho legítimo do Cap. Manoel da Costa Vieira e sua mulher Maria Paes, sendo neto por via paterna de João da Costa e sua legítima mulher Barbara Vieira, e pela materna de João Paes de Bulhões e de sua mulher Isabel Ferreira; naturais todos e moradores da dita Vila de Goiana, e cristãos-velhos."

Há controvérsias sobre o avô João da Costa

Um Ramo Judaico dos Medeiros do Seridó do genealogista Luiz Fernando Pereira de Melo- Offset Editora, 1a edição, Natal-RN- 2020. Francisco Freire de Medeiros nascido por volta de 1750. Foi casado com Antônia Vieira da Costa, filha de Antônio Paes de Bulhões e Ana de Araujo Pereira.

"Pelos Caminhos da Familia Macedo-do Sertão do Paó ao Seridó". do autor Eliton S. Medeiros Vol III Serifa Editora de Livros Ltda- 2021. pg 123, 202. Com o assassinato do pai, massacrou a todos e fugiu para o Seridó onde se estabeleceu.

GEDCOM Note

Goiana é mencionada como local de nascimento de Antônio na obra "No Roteiro dos Azevedo e Outras Familias do Nordeste", do autor Sebastião de Azevedo Bastos, p. 547. Porém, Ipojuca é citada como local de nascimento dele pela autora Teresa de Jesus Medeiros, na obra "Porque sou Medeiros", p. 20. Antônio Paes de Bulhões é irmão de João Paes de Bulhões. Do Processo de Habilitação de Amaro Soares Mariz, no ano de 1764-1767, o Capitão João Pais de Bulhões é testemunha, e segue ipsis litteris, seu depoimento: "Cap. João Pais de Bulhões, que vive de seu partido de canas de açúcar, natural desta Vila de Goiana e morador no Engenho Boa Vista, de 72 anos de idade e disse ser cristão-velho." Em Despacho do Conselho Ultramarino em 28 de Novembro de 1754, temos uma habilitaçãode genere INCOMPLETA, sobre a Limpeza de Sangue de João Paes de Bulhões, "sendo filho legítimo do Cap. Manoel da Costa Vieira e sua mulher Maria Paes, sendo neto por via paterna de João da Costa e sua legítima mulher Barbara Vieira, e pela materna de João Paes de Bulhões e de sua mulher Isabel Ferreira; naturais todos e moradores da dita Vila de Goiana, e cristãos-velhos." Sua esposa erade Goiana, PE [na verdade, de Acari, RN, no Seridó, região onde habitavam seus pais Thomaz e Maria da Conceição] casaram-se no final da década de 1750 em Mamanguape, PB. Ali residiram até 1760/1770 quando mudaram-se para a ribeira do rio São José no Seridó, RN, onde criava gado na fazenda de sua propriedade, chamada de Remédio. Anotação: "São apontados como tendo sangue de “gente da nação” [origem cristã-nova ou judaica], Daniel Gómez de Alarcón (pai de Cosme Gomes de Alarcón), Maria Francisca de Oliveira (mãe de Joana Francisca de Oliveira), Manoel Hipólito do Sacramento, Manoel da Costa Vieira (pai de ANTÔNIO PAIS DE BULHÕES), Antônio Fernandes Pimenta, Joana Filgueira de Jesus (mulher de Manoel Carneiro de Freitas)." Fonte: Olavo de Medeiros Filho. Velhas Famílias do Seridó. Brasília, 1981, p. 5-6.

ANTÔNIO PAES DE BULHÕES. Intentássemos prosseguir pesquisando a escala de parentesco ascendente dos Bulhões espalhados pelo Brasil inteiro desde muito antes de no Seridó aportar o patriarca Antônio Paes de Bulhões, vindo de Goiana, Pernambuco, filho de Manoel Vieira da Costa e Maria de Araújo Paes de Bulhões, chegaríamos até Godofredo de Bulhões, duque da Baixa Lourena, na França, comandante-em-chefe na 1ª Cruzada que reconquistou Jerusalém dos muçulmanos. Considerado herói, aclamado rei da Terra Santa, recusou o título sob a alegação de que “não queria usar coroa de ouro onde a Cristo fora destinada uma de espinhos”! Nobre e humilde, declarou contentar-se com o título de “defensor do Santo Sepulcro”, pois o rei de Jerusalém era Cristo no seu vigário. Godofredo de Bulhões morreu um ano depois, em 18 de julho de 1.100. O historiador Steven Runciman, em sua “História das Cruzadas”, revela que quando Godofredo de Bulhões preparava-se para partir na Cruzada, correu boato de que jurara vingar a morte de Cristo com o sangue dos judeus, ameaça da qual se teria aproveitado para chantagear os judeus e deles arrancar mil moedas de prata para assegurar-lhe segurança! Conclui o mesmo historiador afirmando que “depois de angariar fundos chantageando os judeus, vendeu as suas propriedades de Rosay e Stenay no Meuse, e empenhou o seu castelo de Bouillon ao bispo de Liège, conseguindo assim equipar um exército de tamanho considerável. O número de suas tropas e o seu antigo cargo conferiram-lhe um prestígio realçado pelo seu modo agradável e aspecto garboso. Era alto, bem constituído e louro, a imagem ideal de um cavaleiro setentrional.” 2) Acrescente-se, para concluir, que Santo Antônio de Pádua chamava-se FERNANDO MARTINS BULHÕES, filho de Martinho de Bulhões (descendente do cruzado Godofredo de Bulhões) e Maria Teresa Taveira. Nasceu em Lisboa, Portugal, aos 15 de agosto de 1.195 e faleceu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1.231. Canonizado pelo Papa Gregório IX, foi elevado ao título de Doutor Evangélico por Pio XII, em 16 de janeiro de 1946. 3) Ao contrário do que se costuma afirmar, não encontrei nenhum vestígio de ascendência judaica relativamente a Antônio Paes de Bulhões.

Do Processo de Habilitação de Amaro Soares Mariz, no ano de 1764-1767, o Capitão João Pais de Bulhões é testemunha, e segue ipsis litteris, seu depoimento: "“Cap. João Pais de Bulhões, que vive de seu partido de canas de açúcar, natural desta Vila de Goiana e morador no Engenho Boa Vista, de 72 anos de idade e disse ser cristão-velho”.